J.D. Vance: A política migratória dos EUA «é a resposta humanitária correta» e está em sintonia com a doutrina católica

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O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, defendeu a política migratória da Administração Trump, garantindo que está em plena sintonia com a doutrina católica e com as recentes declarações do Papa Leão XIV, que afirmou que todo país tem o direito de decidir quem, como e quando entra em seu território.

Vance: A Igreja é clara: tratamento humano, sim; fronteiras abertas, não

Em uma entrevista com Breitbart, Vance lembrou que, apesar do barulho nas redes sociais, a posição da Igreja sobre imigração é muito clara. Segundo explicou, a doutrina católica exige um tratamento digno para os imigrantes, mas também reconhece a faculdade legítima de cada nação para proteger suas fronteiras.

Como equilibrar ambas as coisas é crucial, e há margem suficiente para exercer o controle fronteiriço pelo bem do seu próprio povo, afirmou.

Vance, católico praticante, insistiu em que a rejeição do Papa às fronteiras abertas é coerente com o magistério. O pontífice já havia sinalizado há alguns dias que ninguém disse que os Estados Unidos devem ter fronteiras abertas.

O Papa pede respeito pelos imigrantes estabelecidos

Embora Leão XIV tenha defendido o direito dos Estados Unidos de controlar sua fronteira, ele também criticou o que qualificou como um tratamento extremamente desrespeitoso para com imigrantes que levam 10, 15 ou 20 anos no país e vivem vidas boas.

As palavras do Papa surgiram após uma consulta sobre a mensagem especial da Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB), que na semana passada expressou sua preocupação com o trato indigno dos imigrantes e o clima de temor existente entre as famílias.

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Os bispos denunciaram as condições dos centros de detenção, a falta de atenção pastoral e o sofrimento de pais que temem ser presos ao levar seus filhos à escola. Também pediram o fim das deportações em massa indiscriminadas e da retórica desumanizante.

Críticas às consequências humanitárias do descontrole fronteiriço

O vice-presidente vinculou a crise migratória ao aumento do crime organizado. Citou números que atribui ao período de Joe Biden, apontando que sob seu governo 300.000 crianças desapareceram após serem introduzidas ilegalmente no país pelos cartéis mexicanos.

Vance denunciou que menores de 9 e 10 anos estão sendo utilizados como mulas pelas organizações criminosas e sublinhou que a segurança fronteiriça não só protege os americanos, mas que é a resposta humanitária correta frente ao tráfico de pessoas e à exploração dos mais vulneráveis.

Como menciona Vance, «equilibrar ambas as coisas é crucial».