TRIBUNA: Carta aberta a Leão XIV sobre a nova «Charta Oecuménica»

Por: Francisco José Vegara Cerezo - sacerdote de Orihuela-Alicante

TRIBUNA: Carta aberta a Leão XIV sobre a nova «Charta Oecuménica»

Santidade, nesta ocasião só posso dizer, para ser absolutamente franco, que o cúmulo de disparates é tal, que, no final, o que mais estupefato, atônito e perplexo me deixou não foi sua aprovação, que simplesmente lamento, mas a anuência de todos os outros representantes de suas respectivas igrejas, que estarão muito separadas e erradas, mas, de algumas pelo menos, não supunha que tivessem também alcançado semelhante grau de delírio. Dá vontade de perguntar se ainda resta alguém sensato.

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He de confessar que, chegados a este ponto, me resulta impossível conjurar o complexo de condutor que vê que todos vão em sentido contrário; estou por dizer que este não é o meu mundo, que mo trocaram por um mundo de loucos, assim que, por favor, parem o trem, que eu me baixo, e, se o louco sou eu: pois me deixem no meu mundo feliz, que cada um é feliz à sua maneira, e já se diz que sabe mais o louco em sua casa, que o cuerdo na alheia, pois, como na casa de um, em nenhum sitio.

Deixando-me de mais preâmbulos, porque isto é de ver e não crer, passo a pôr, em itálico, os textos que me pareceram mais significativos, e, a seguir, o meu humilde comentário.

Esta atualização reflete a nossa contínua esperança e o nosso trabalho para aprofundar a unidade na diversidade das nossas igrejas, atendendo à oração de Cristo de que «todos sejamos um» (João 17:21).

Cristo não pediu exatamente que fôssemos um na diversidade, e menos quando se trata de uma diversidade radical, fundada na oposição de doutrinas incompatíveis.

Ao mesmo tempo, reconhecemos e lamentamos que persistem as divisões entre as igrejas e as nossas limitações humanas na fé, no amor e na esperança.

Essa divisão é a que se deveria remediar, buscando a unidade na verdade.

Jesucristo, Senhor da única Igreja, é a nossa maior esperança de reconciliação e paz.

Evidentemente a única igreja da qual Cristo é cabeça e Senhor, é a católica, segundo a fé dogmática desta igreja.

Reconhecemos que a crise climática se agudizou; a guerra, o deslocamento, a pobreza, o populismo, o abuso da religião e muitas outras dificuldades inter-relacionadas causaram grande sofrimento e profunda ansiedade.

Aqui já se trasluzem intenções próprias da ideologia globalista, e que por si são bastante alheias ao âmbito doutrinal, onde se teria que centrar tudo, e não em temas políticos, econômicos nem ambientais.

A Carta dá testemunho da única Igreja universal de Cristo, que se manifesta em diversas igrejas locais. Convidamos todas as igrejas, conselhos eclesiais, organismos e iniciativas ecumênicas a aderirem à Carta atualizada.

Que a hierarquia católica aceite essa expressão, é uma apostasia em toda a regra e uma claudicação clamorosa da consciência que sempre teve a igreja católica, e que está expressa em multidão de documentos dogmáticos, de ser a única e verdadeira igreja visível de Cristo, isto é: seu corpo místico, sacramento e canal único de toda a graça.

Considerar que a igreja católica, quando precisamente “católico” significa “universal”, é uma parte mais: uma igreja local, da igreja universal de Cristo, que estaria conformada por todas as comunidades que se foram separando da comunhão de fé, transmitida desde os apóstolos, e conservada e desenvolvida organicamente pelo magistério, supõe uma traição a esta fé, ou seja: à integridade do depósito da fé, contido na doutrina dogmática.

A Carta Ecumênica atualizada define as responsabilidades ecumênicas fundamentais de todas as igrejas da Europa, das quais se derivam diretrizes e compromissos. Reconhecemos, no entanto, que carece de caráter magisterial ou dogmático, e que tampouco é juridicamente vinculante segundo o direito canônico. Sua autoridade e propósito derivam do compromisso voluntário das igrejas e organizações ecumênicas europeias.

Só faltaria que um documento tão contrário ao dogma da igreja católica fosse vinculante doutrinalmente para esta; mas isso não quita gravidade à assunção formal de tais aberrações por parte de representantes autorizados da igreja católica, o que efetivamente geraria um compromisso vinculante, ao menos moralmente, para esta igreja.

Sabemos que o que compartilhamos, é mais profundo e maior que tudo o que nos separa.

Essa manida afirmação não tem sentido, porque, segundo a consciência católica, basta o rejeito de um só ponto dogmático, para que se perca, por inteiro, a fé católica, já que a doutrina que a conforma, não é uma simples agregação de pontos mas um conjunto orgânico de verdades referidas necessariamente ao mistério salvador de Cristo.

Comprometemo-nos a:

  •  Discernir e acolher a diversidade que manifesta o rico propósito de Deus.

Pensar que a diversidade de igrejas é positiva, vai contra a unidade necessária do plano salvífico, que expressa a unidade de Deus, a da obra redentora e a do único redentor e mediador, quem, como única cabeça, possui também um único corpo, e, como único esposo, só tem uma esposa: a igreja católica.

  • Continuar buscando a unidade visível da Igreja de Jesucristo na única fé, em obediência à Palavra de Deus na Sagrada Escritura, seguindo a guia do Espírito Santo.

Esse compromisso, para um católico, só pode significar o retorno de todos os separados ao único redil que mantém a sucessão apostólica íntegra tanto doutrinal como sacramentalmente: a igreja católica.

O movimento ecumênico é obra do Espírito Santo, quem anima os crentes e as igrejas a crescerem no amor mútuo, e a responderem ao chamamento à unidade.

O Espírito Santo, como alma da igreja, impulsiona sempre à unidade; mas há que distinguir um duplo sentido de unidade: o essencial, correspondente à unidade na fé a uma única doutrina e na obediência a um único pastor: vigário visível do bom pastor, e o acidental ou extensivo, referido ao maior ou menor abrangimento numérico do anterior sentido; assim o primeiro sentido se cumpre exclusiva e indefectivelmente na igreja católica como sociedade visível cuja continuidade orgânica se mantém ao longo da história, e o segundo consiste simplesmente na entrada de todos os homens no primeiro sentido, ou seja: acatando a unidade de fé e de regime da igreja católica.

No poder da graça de Deus, diversas iniciativas buscam mediante a oração e a liturgia aprofundar a comunhão espiritual entre as igrejas, orando pela unidade visível da Igreja de Cristo.

Resulta que sem unidade visível não se dá tampouco a espiritual, e estabelecer uma dicotomia entre ambas é errôneo, pois, em primeiro lugar, o espiritual se há de manifestar visivelmente, e, em segundo lugar, o espiritual reside precisamente no acatamento da unidade de fé e de regime da igreja católica; daí o sentido sacramental desta igreja, unindo o aspecto interior e o exterior, enquanto que o mero espiritualismo descarnado é uma ideia completamente protestante.

Comprometemo-nos a:

  • Escutar o Espírito Santo, e compartilhar os dons espirituais;
  • Ler e estudar as Escrituras, e discernir juntos a Palavra de Deus.

O católico não deve ignorar, por um lado, que a instância hierárquica assistida especialmente pelo Espírito Santo, quem assim garante a infalibilidade de seu magistério extraordinário e a ortodoxia fundamental de seu magistério ordinário, é a papal, e, por outro, que é precisamente esse magistério o único ao qual lhe compete interpretar autoritativamente a sagrada Escritura, e discernir a Tradição eclesial, a qual também é fonte de revelação, dimanada do mesmo caráter orgânico da igreja.

Reconhecemos que a culpa humana, a falta de amor e o abuso da fé e da Igreja para interesses políticos e egoístas danificaram gravemente a credibilidade do testemunho cristão.

Isto é absolutamente verdade; por isso a diversidade de igrejas, radicada, em último termo, na divergência na fé, não pode ser, em nenhum sentido, positiva, mas que sempre é um grandíssimo mal.

Comprometemo-nos a:

  • Vencer as tentações da autossuficiência.

Aqui temos uma nova concessão intolerável, pois, se a igreja católica possui a totalidade da doutrina e dos meios salvíficos, como não vai ser autossuficiente como tal?, quando por isso justamente se a denomina «sociedade perfeita», e em que vai depender de qualquer outra igreja, cuja verdade e eficácia salvífica se devem, por completo, ao que conserva da igreja católica?

Creemos que a dignidade e a liberdade humanas emanam da nossa criação à imagem de Deus.

Não se pode esquecer, em primeiro lugar, que essa criação foi já em estado de graça, de modo que o pecado original não supôs o retorno a um estado natural que historicamente nunca existiu, nem, em segundo lugar, que essa dignidade humana sobrenatural só é completada pela redenção de Cristo, cuja aceitação pessoal depende, como condição necessária, da conversão espiritual.

Portanto, o nosso testemunho respeita a liberdade religiosa como fundamental para responder ao chamado do Evangelho, isto é: nos abstemos de coagir as pessoas a converterem-se mediante pressão moral ou incentivos materiais, sem impedir que ninguém entre na fé por sua própria vontade.

Efetivamente a liberdade religiosa é um direito que deve respeitar-se, porquanto a fé nunca se há de impor; agora bem, essa liberdade religiosa externa, que proíbe a imposição também externa, não vai parelha à interna, como se a consciência fosse livre para escolher indistintamente qualquer religião, já que o primeiro dever da consciência, como suprema norma moral subjetiva, é adequar-se à objetiva, expressa na lei: tanto a natural, acessível à mera razão, como a revelada, exposta veraz e exclusivamente pela igreja católica; por isso o primeiro e ineludível dever de toda consciência é o de se formar diligentemente, para não incorrer em ignorância culpável, que não exime de responsabilidade moral.

Confessamos que as nossas igrejas incorreram em ações pecaminosas e escandalosas, em lugar de dar testemunho, causando e permitindo um grande dano.

Em questão de culpa ninguém está totalmente exento; mas tampouco se podem pôr todas as culpas ao mesmo nível, pois uma coisa é a culpa moral com o possível escândalo consequente, e aí os membros da igreja católica têm para dar e vender, e outra muito distinta e ainda muito mais grave o pecado contra a fé, que é aquele em que incorre quem abandona a fé viva que arranca dos apóstolos, e que se conserva íntegra só na igreja católica.

Comprometemo-nos a:

  • Aproximarmo-nos das igrejas do nosso entorno com as quais ainda não temos relação, buscando ativa e abertamente oportunidades de testemunho conjunto e cooperação;
  • Participar no testemunho e na evangelização com outras igrejas, estabelecendo acordos com elas, para fomentar a confiança mútua, e evitar a competição daninha e o risco de novas divisões.

Como um católico pode dar testemunho conjunto de sua própria fé com o que não compartilha esta mesma fé?; não se está caindo então no indiferentismo de pensar que as diferenças entre as igrejas cristãs são secundárias, e que, por tanto, a doutrina católica carece de importância naquilo em que diverge das igrejas separadas, posto que a separação se produziu precisamente porque estas igrejas assumiram doutrinas heréticas, condenadas expressamente pela igreja católica?

Como se pode negar a evidência de que entre as distintas igrejas existe uma real competição, embora só seja pelo simples fato de que a verdade logicamente só pode ser uma, e uma só igreja pode, por tanto, ser portadora da totalidade da verdade, enquanto que as demais tanto mais terão caído no erro, quanto se hão apartado daquela?; no fundo, se redunda na aberração de relativizar a doutrina.

Comprometemo-nos a:

  • Continuar um diálogo consciente e intenso entre as nossas igrejas, e fomentar a acolhida e implementação de documentos ecumênicos.
  • Promover o diálogo, e debater conjuntamente questões controvertidas de fé e ética à luz do Evangelho.

O verdadeiro sentido do ecumenismo deve ser justamente a profunda reflexão teológica, unida à oração e também ao ineludível debate, porque a verdadeira unidade só pode estar na verdade, enquanto tudo o que não seja verdadeiro, só pode ser falso.

As igrejas entendem seu compromisso com a construção da Europa como parte de sua missão. A unidade da Europa é fruto da comunhão das múltiplas riquezas que surgem da diversidade de seus povos.

Desde quando à igreja lhe compete uma missão estritamente política?; só faltaria que se esqueça de sua primordial obrigação: a preservação do depósito da fé, e se dedique ao que não lhe incumbe diretamente…

A fé cristã contribuiu para as culturas e valores europeus, e está intrinsecamente ligada à história da Europa.

Estamos convencidos de que a herança espiritual do cristianismo constitui uma fonte de inspiração e enriquecimento para a Europa.

Justamente o que a igreja deve promover na Europa, é o retorno às raízes cristãs, mas não por um mero interesse arqueológico de conservar o de outrora, mas em cumprimento do mandato, recebido de Cristo, de manter viva a evangelização.

Assim mesmo insistimos no respeito à vida, na importância das relações humanas, incluindo o matrimônio e a família.

Se, de verdade, se pretende defender o direito à vida e à família, o primeiro que deveria fazer-se, é condenar o globalismo, que promove agressivamente tudo o contrário: a ideologia de gênero e a cultura da morte; no entanto, aceitando sua premissa fundamental, que é o relativismo ideológico e moral, só se consegue fortalecê-lo.

A esperança de construir um mundo mais justo, uma Europa mais justa, mais digna da pessoa humana, deve ir acompanhada da consciência de que os esforços humanos são inúteis, se não contam com o apoio da graça divina.

Muito certo.

Comprometemo-nos a:

  • Denunciar o extremismo religioso e tudo aquilo que ameace os nossos laços.

Deveria-se esclarecer que o extremismo não é o contrário do relativismo, mas a claudicação da racionalidade, para dar passo à imposição dos próprios desejos; por isso o melhor antídoto contra o extremismo não é cair no relativismo ideológico, que precisamente é o melhor aliado do anterior, por deixar passo livre ao absolutismo dos desejos e os interesses, mas a fundamentação racional que contrarreste as pulsações voluntaristas, pois já se sabe que, quando falha a força da razão, vence a sinrazão da força, toda vez que a razão poderá ser apagada, mas os desejos não podem ser sufocados senão, em todo caso, encauzados pela razão, para que não terminem dominados pelos cegos sentimentos.

O povo judeu nunca foi substituído pela Igreja cristã; a Bíblia hebraica nunca foi substituída pelo Novo Testamento, e a primeira Aliança nunca foi substituída pela nova.

Isto é uma absoluta mentira, rebatida pelo mesmo são Paulo, que disse: “Compreendei, de uma vez, que os que vivem da fé, esses são os filhos de Abraão” (Gál 3, 7).

Manter a vigência salvífica do povo judeu e da primeira aliança é inutilizar a redenção de Cristo, constitutiva da nova e definitiva aliança, ou recusaremos também ao apóstolo, quando diz: “Ao falar de uma (aliança) nova, declara antiquada a primeira, de modo que o que se faz antiquado, e envelhece, está próximo a desaparecer” (Hb 8, 13)?

Comprometemo-nos a:

  • Revisar os textos litúrgicos, catequéticos e homiléticos para erradicar uma teologia da substituição;

Se a igreja não é o povo da nova aliança, como disse o concílio Vaticano II (Lumen gentium 9ss), então já não tem nenhum sentido, porque o Deus único só tem também um único povo, que seguiria sendo o anterior.

  • Renunciar à missão institucional de proselitismo entre os judeus, estando sempre disposto a dar testemunho pessoal de Jesus.

Haverá que condenar então a são Paulo, que, allá onde ia, sempre começava a evangelização, tratando de converter os judeus?, ou mais ainda a são Pedro, que se dedicou preferentemente a estes?; acaso cabe salvação para ninguém, se, de alguma maneira, não se converte a Cristo: único redentor?

As reflexões sobre as relações entre o islã e o cristianismo permitem aos cristãos cultivar suas relações dentro das religiões abraâmicas.

Semejante expressão de “religiões abraâmicas” carece de todo sentido teológico, já que só a fé cristã entronca com aquele que creu que em sua descendência seriam benditas todas as raças da terra, enquanto que o povo judeu ainda não reconheceu ao verdadeiro destinatário das promessas, e o islã só mantém uma conexão lendária, sem reconhecer tampouco como tal ao único messias.

Comprometemo-nos a:

  • Colaborar com os muçulmanos na causa da paz contra o extremismo e o uso indebido da religião.

Ignorar o caráter do islã como religião política com aspirações universais e totalitárias é uma imperdoável necedade, e mais quando assim se produz a total indefensão ante seu caráter intrinsecamente violento, que é tão irracional como expansivo; com isto não pretendo denigrar a nenhum muçulmano, faltando à sua dignidade pessoal, que é idêntica à de qualquer outra pessoa, mas que unicamente indico o que objetivamente aparece como imperativo na doutrina islâmica.

Comprometemo-nos a:

  • Defender a liberdade de pensamento, consciência e religião, com o fim de construir juntos uma Europa baseada nos direitos e no bem comum.

Queda muito bem falar do livre pensamento; mas é indicativo de não ter pensado muito estimar que a liberdade é própria do pensamento e não da vontade, o que faz que, na realidade, seja esta a que termine impondo sobre aquele seus próprios desejos irracionais.

Crendo na presença vivificadora e redentora do Espírito Santo na criação, reconhecemos a necessidade de uma conversão ecológica, para reparar a nossa relação com toda a criação, recordando também que Cristo é «o primogênito de toda a criação» (Col 1,15).

Obviamente não se pode negar a importância do respeito pela criação; mas falar de uma conversão ecológica, quando todos conhecemos o profundo sentido da conversão no cristianismo, só se pode entender como uma trivialização nada inocente mas muito acorde com os atuais parâmetros da diabólica agenda globalista, o que supõe uma nova claudicação.

Para expressar a nossa reverência e gratidão pela ação do Criador, animamos as Igrejas a celebrar litúrgicamente a criação durante todo o ano, especialmente na festa da criação (1 de setembro) e durante o tempo da criação.

Só se celebra o que tem um sentido diretamente salvífico, porque a celebração litúrgica é uma atualidade do mistério salvífico, enquanto que a criação das coisas carece, por si mesma, desse sentido direto; por tanto, só se pode vislumbrar aqui uma intenção tão avessa como ladina: divinizar o natural, para difuminar toda sobrenaturalidade.

Comprometemo-nos a continuar trabalhando para acolher com respeito e compaixão às vítimas da migração forçada, oferecendo-lhes a possibilidade de construir uma nova vida.

Aqui vemos outro ponto de submissão às diretrizes do globalismo, com a justificação da imigração maciça muçulmana sobre a Europa, para evitar que os estados exerçam seu legítimo direito ao controle fronteiriço.

Animamos as igrejas e aos cristãos a não demonizar as novas tecnologias, mas a vê-las como uma oportunidade que convida ao pensamento crítico e a uma maior consciência da responsabilidade humana.

Como costuma ocorrer com todo instrumento, sua bondade ou maldade dependerá do uso que se lhe dê; por isso é irresponsável excluir, de antemão, a possibilidade do uso malévolo, e mais quando já se começa entrando no engano linguístico de falar de “inteligência artificial”, porquanto a inteligência só é própria do sujeito pessoal, enquanto que o demais são simples programas informáticos frente aos quais não se pode baixar a guarda crítica.

 

Nota: Os artigos publicados como Tribuna expressam exclusivamente a opinião de seus autores e não representam necessariamente a linha editorial da Infovaticana, que oferece este espaço como fórum de reflexão e diálogo.

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